terça-feira, 21 de julho de 2009

SCP - Um exemplo a seguir

EXCELENTE...

É o mínimo que se pode dizer do que foi feito o Sport Club Paivense. De associação com os dias contados passou a ser uma associação que gera lucros, e que sobretudo permite a prática de Desporto a muitos jovens do concelho.

Parabéns a todos os que estiveram envolvidos no projecto. Bem merecem...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Ecoturismo

Confesso que há 4 anos, por altura das últimas eleições olhei para os cartazes do actual presidente da câmara e dei comigo a pensar:

-"Hum Capital Ecológica... Parece-me bem... isto tem pernas para andar". Depois durante a campanha falo-se em várias coisas à volta deste tema: desde a Rota da água, praias fluviais, Arbutus do Demo...

Passado 4 anos muito pouco foi feito. Aliás, cada vez me convenço mais de que a única maneira do concelho de Vila Nova de Paiva sair do marasmo em que se encontra, de combater a desertificação e de dar algum ânimo às nossas gentes é apostar no: ECOTURISMO.

O Ecoturismo é uma modalidade de turismo em que a natureza é o principal protagonista nas actividades de lazer. Temos riqueza a vários níveis, só falta encontrar a melhor forma de a potenciar.


Em primeiro lugar tratar da poluição que por vezes surge no rio, mais concretamente na Praia Fluvial de Fráguas, pois tudo o que nós não precisamos é de publicidade negativa.


Em segundo lugar, construir uma praia fluvial em Vila Nova de Paiva. Não estou a falar de "mais uma praia". Acho que aquilo que têm sido feito nos rios das várias freguesias tem sido bem feito, mas é necessário ter um praia, digna desse nome. Com sanitários, assadores e parque de merendas, com campo de futebol de praia e bar. Poderia ser ainda dividida em duas partes: uma mais natural usando o rio propriamente dito e outra que seriam umas piscinas naturais usando a água do rio e onde seria instalado um parque aquático com escorregas e divertimentos.

Para alojamento poderia ser construído um bom parque de campismo, com a comodidade necessária para dar aos nossos visitantes.

Aliás poderiamos ir mais longe e criar um leque enorme de actividades para fazer durante os 3 meses de Verão , para assim dar animação à vila e às várias freguesias. As pessoas poderiam usufruir do rio, passeios a cavalo, parque aquático, Arbutus do Demo, "Rota da água" (a meu ver é um projecto muito interessante, desportos radicais, roteiro arqueológico, entre outros. Durante a noite, para além das varias festas e romarias que existem no concelho durante estes meses, poderiam ser dinamizados concursos, jogos sem fronteiras, feiras gastronómicas, amostras de artesanato, concertos musicais entre outros.

Quanto à divulgação, a meu ver isso seria o mais fácil, através de rádios, jornais, cartazes e até da televisão, convidando esta para fazer um programa típico de verão no nosso concelho que daria a conhecer a noss aregiao. Para além disto, não devemos esquecer as agências de viagens, criando pacotes que para além de incluir alojamento e livre trânsito para várias actividades, daria direito a pelo menos um jantar para divulgar a gastronomia do concelho.

Já sei que provavelmeente muitas pessoas vão ler este post e vão pensar "Este gajo é um lunático..." Siceramente não me parece. O mais importante nós temos, a NATUREZA falta dar-lhe potencial. Não é por acaso que uma região como o Gerês é tão apreciada para fazer este tipo de turismo... A meu ver tudo é possível. Basta ACREDITAR...

Até breve

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Afinal... Não vale tudo

O PS e o Governo sofreram uma derrota estrondosa nas europeias, mas não aprenderam nada. Perante o cartão vermelho carregado, traduzido na perda de centenas de milhares de votos (se compararmos com os 1 511 214 obtidos em 2004), os responsáveis socialistas recusam-se a enfrentar a evidência e a reconhecer que os portugueses estão profundamente descontentes com o rumo da governação. É que não há como negar. Numa campanha em que só se falou das políticas nacionais, é óbvio que foram, sobretudo, essas políticas que os eleitores quiseram julgar. Ora, em vez de o reconhecerem com humildade e mostrarem abertura para, no mínimo, fazerem uma profunda reflexão sobre as opções que têm vindo a ser tomadas, o que fazem os dirigentes do PS? Recusam a evidência do julgamento popular e prometem... continuar a fazer mais do mesmo. "Vamos manter o rumo", resumiu José Sócrates, na sua declaração de derrota. É a arrogância em todo o seu esplendor, protagonizada por um primeiro-ministro que não percebeu que foi também a arrogância a sair derrotada destas eleições. Isto porque, se em cima da mesa esteve, obviamente, uma avaliação do conjunto de políticas que fazem o descontentamento do dia-a-dia dos portugueses, não é menos verdade que não escapou aos eleitores toda uma série de comportamentos que contradizem a tradição e a prática histórica do próprio Partido Socialista. Já não há paciência para o quero, posso e mando dos directórios partidários sobre os cidadãos; nem para as tentativas de condicionamento dos media, e muito menos para a dualidade de critérios, conforme as conveniências de momento. A este propósito, foi verdadeiramente vergonhosa a forma como o cabeça de lista do PS tentou envolver todo um partido - neste caso o PSD - num caso de polícia, a propósito da situação do BPN. A direcção socialista ficou convenientemente calada e teve ainda o desplante de silenciar, também, o desprezo pela presunção de inocência em relação a quem não foi pronunciado e julgado neste caso. Esta direcção do PS fez tábua rasa dos princípios que o partido sempre defendeu e que justamente reivindica para os seus pares quando são eles a estar em causa, e não teve a grandeza de levantar a voz para calar quem assim atropela os próprios fundamentos do Estado de Direito. Foi (também) por tudo isto que o PS perdeu. Felizmente, as urnas falaram e disseram que não vale tudo.
Contra tudo e contra todos, Paulo Rangel venceu as eleições. Venceu, apesar do contravapor das facções que balcanizam o PSD; venceu, apesar das facadas que foi recebendo ao longo da campanha por parte de putativos candidatos experts em exercícios de cinismo e de calculismo político; venceu, apesar de não ter máquina, nem aparelho e de uns cartazes que devem ter sido feitos por alguém que lhe quer muito mal. Paulo Rangel venceu porque é um bom candidato e porque teve imensa sorte de ninguém querer andar ao lado dele, fazendo o País esquecer que do PSD ainda fazem parte muitas caras que ninguém deseja ver, nunca mais.

ATENÇÃO: Muito mérito para Paulo Rangel nesta vitória. Já estava a fazer um bom trabalho como líder parlamentar e continuou a crescer durante a campanha. A continuar assim, ainda vamos ouvir falar muito dele num futuro próximo.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O buraco no dique

Aquele que foi acusado de pressionar é, por estes dias, um dos homens mais pressionados do País. E não se pode queixar. Não há gato nem cão que não se pronuncie sobre a urgência da demissão de Lopes da Mota do cargo de presidente do Eurojust. Nem cão nem gato que não venha defender que, pelo contrário, o homem ainda não foi acusado de nada e deve manter-se. Uns pedem que o PGR, Pinto Monteiro, demita Lopes da Mota. Outros exigem que seja o Governo a demiti-lo. Outros, ainda, alvitram que devia ser ele a pôr o lugar à disposição. E até houve quem dissesse que deviam ser os seus pares do Eurojust a correr com ele (sugestão a que o organismo judicial europeu respondeu com um "tirem-me deste filme e não me metam nessas vossas guerras de alecrim e manjerona").
Tenha ou não Lopes da Mota exercido pressões - admitindo que o poder judicial é pressionável, o que não faz sentido e, a fazer, em nada abona a favor dos procuradores do Ministério Público... - o caldo está politicamente entornado. E o Governo sujeito a um desgaste político que - com toda a legitimidade, diga-se - os partidos da oposição não enjeitam explorar. A manutenção de Lopes da Mota no Eurojust é tão embaraçosa para Sócrates como a de Dias Loureiro (envolvido no caso BPN) o é, no Conselho de Estado, para Cavaco.
Mas então, porque é que Lopes da Mota não se retira ou não é retirado de cena? Que tem o Governo a ganhar com o arrastar desta situação? A resposta só pode ser conspirativa. Dir-se-ia que Alberto Costa e José Sócrates estão nas mãos de Lopes da Mota. Que, caso lhe aconteça alguma coisa, levará alguém com ele. Que porá a boca no trombone. É nesta possibilidade cabalística que a oposição joga todas as suas fichas. Com um inner circle blindado em torno de Sócrates, Lopes da Mota tornou-se o elo mais fraco do processo Freeport. O ponto frágil que a qualquer momento pode rebentar. O buraco no dique.
No meio disto, uma voz veio propor um curioso e salomónico desenlace: António Vitorino pronunciou-se de forma completamente enigmática. Que sim senhor, que a decisão de Lopes da Mota é pessoal. Que o Governo não pode demitir alguém que não foi acusado de nada. Mas que o procurador, embora permanecendo no Eurojust, devia afastar-se de tudo o que disser respeito ao processo do outlet de Alcochete. É o mesmo que dizerem a um jogador de futebol: "Podes jogar, mas não toques na bola." É o equivalente a pedir: "Demite-te." Porque Vitorino sabe, e Lopes da Mota sabe que não é aceitável que um magistrado do Eurojust - e ainda por cima seu presidente! - esteja limitado nas suas competências, por causa de uma suspeição. Ou que esteja impedido de mexer num dos casos, seja ele qual for, que passe pelo organismo. Seria a confissão de uma incompatibilidade e, portanto, uma declaração de interesses. Ficaria fragilizado e, nas suas funções, ferido de morte. O que Vitorino - e, portanto, talvez o primeiro-ministro - estão a fazer é demonstrar a Lopes da Mota, sem lhe retirar a face, por que razão não pode continuar. O que fará este jogador?

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Primeiro de muitos...

Hoje, dia 15 de Maio de 2009, inicio os escritos no meu blogue. Blogue identificado, para ficar claro que veicula as minhas posições e as minhas opiniões. Este surgiu pela necessidade de expresar os meus pensamentos, as minhas propostas, os meus comentários, as minhas sugestões. Há meses que estou para dar este passo. Ultimamente têm sido muitos os temas sobre os quais me apetece dizer o que entendo. Estamos num tempo em que a velocidade de uma ideia faz parte do seu valor social. Sem dúvida que é útil, muitas vezes, nada dizer. Mas, também, muitas vezes é inconveniente ou injusto manter silêncio. É preciso dar a cara...
Até breve